segunda-feira, 30 de maio de 2011

Filmes: 5 Pérolas e 3 Pedrinhas


Essa postagem trás minhas críticas sobre oito filmes, cinco são imperdíveis, tanto pela história quanto pelas interpretações.

E outros três muito divulgados, mas que não valem o preço da meia entrada no cinema ou um desconto no aluguel da locadora.







127 Horas.



Em maio de 2003, o alpinista Aron Ralston (James Franco) fazia mais uma escalada nas montanhas de Utah, Estados Unidos, quando acabou ficando com seu braço preso em uma fenda.

Sua luta pela sobrevivência durante mais de cinco dias (durou 127 horas) foi marcada por memórias e momentos de muita tensão, relatados em um livro. Baseado em fatos reais.


Não é uma obra prima do cinema, nem um filmaço como se espera.

O filme poderia ter 30 minutos a menos, sem encher tanta liguiça, mas mesmo assim, 127 horas é um filme que vale a pena assistir e te prenderá até o final.

Tenso, nervoso, e de arrepiar, o filme consegue traduzir com perfeição os sentimentos e as dores de Aron Raslton.
Um bom exemplo, é quando o filme consegue nos passar perfeitamente, aquela sensação de choque quando batemos o cotovelo.
É impossível não se contorcer com as cenas.
Não é recomendável para quem tem nervos fracos ou que se impressiona facilmente, mas a história real, muito bem traduzida para as telas, é um marco da luta pela sobrevivência.

Nota 7,0




O Discurso do Rei

Desde os 4 anos, George (Colin Firth) é gago. Este é um sério problema para um integrante da realiza britânica, que frequentemente precisa fazer discursos.

George procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco convencional, George está desesperançoso.

Lionel se coloca de igual para igual com George e atua também como seu psicólogo, de forma a tornar-se seu amigo. Seus exercícios e métodos fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce).

A interpretação de Colin Firth é um show a parte. Só isso já valeria o filme.
Mas O Discurso do Rei é muito mais do que isso. Os diálogos apresentados entre Lionel (outra bela atuação) e George são fantásticos, assim como o drama enfrentado pelo protagonista.

Um filme belíssimo e uma aula de história, mas não considero merecedor do Oscar de melhor filme.

Nota 8,0

A Luta pela esperança 

Jim Braddock (Russell Crowe) era considerado um prodígio do boxe, mas foi obrigado a se aposentar prematuramente devido a uma série de derrotas no ringue. Com os Estados Unidos em meio à Grande Depressão, Jim aceita viver de bicos para poder sustentar sua esposa, Mae (Renée Zellweger), e os filhos.

Jim sempre sonhou com a oportunidade de retornar ao mundo do boxe e tem sua chance quando, devido a um cancelamento de última hora, é escalado para enfrentar o 2º pugilista na disputa do título mundial.
Um filmaço, a melhor das pérolas desse post.

Russell Crowe convence como um desesperado chefe de família, assim como convence como um campeão dos ringues. Renée Zellweger que interpreta sua esposa, assim como as 3 crianças também dão um show.

Saber que o filme é todo baseado em fatos reais, faz com que a gente se envolva e torça, presos na poltrona por mais de duas horas, não só pelo lutador Jimmy Braddock, mas por toda a família.
Os detalhes e dados históricos da época em que os EUA enfrentavam uma grave crise dão um fundo histórico ao filme. 

Altamente recomendado e obrigatório para todos os amantes do cinema.

Nota 9,0


O Cisne Negro

Beth MacIntyre (Winona Ryder), a primeira bailarina de uma companhia, está prestes a se aposentar.
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O posto fica com Nina (Natalie Portman), mas ela possui sérios problemas interiores, especialmente com sua mãe (Barbara Hershey).
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Pressionada por Thomas Leroy (Vincent Cassel), um exigente diretor artístico, ela passa a enxergar uma concorrência desleal vindo de suas colegas, em especial Lilly (Mila Kunis).
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Um filme difícil de ser digerido.
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Do tipo ame-o ou deixe-o, O Cisne Negro é um filme original.  Indiferente a ele, você não ficará.
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Todo o filme se passa dentro da percepção de Nina, e a interpretação da belíssima Natalie Portman joga o expectador dentro de sua mente, e por muitas vezes confundimos a realidade que esperamos com a realidade apresentada por Nina.
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Pela maneira como o filme envolve o expectador, pela atuação da protagonista e pela idéia apresentada pelo diretor, O Cisne Negro merece ser visto com atenção e sem expectativas.
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Nota - Ainda estou digerindo.

Comer, Rezar e Amar


Elizabeth (Julia Roberts) descobre que sempre teve problemas nos seus relacionamentos amorosos.
Um dia, ela larga tudo, marido, trabalho, amigos, decidida a viver novas experiências em lugares diferentes por um ano inteiro.
E parte para a Índia, Itália e Bali, para se reencontrar numa grande viagem de auto conhecimento.



Sou suspeito pra falar, pois filmes como esse, em que o principal são os excelentes diálogos, me cativam fácil.
Não espere brilhantes atuações, suspenses ou alguma ação, Comer, Rezar, Amar é um filme para reflexão.
É para se deixar levar pela história e pelas viagens e diferenças culturais encontradas pela personagem.
Um filme bonito, leve e inteligente.
Nota 7,5

O Ritual



Michael Kovak (Colin O’Donoghue) é um seminarista cético e decidido a abandonar seu caminho na igreja, mas seu superior o orienta a passar um período no Vaticano para estudar rituais de exorcismo. 
Uma vez lá, suas dúvidas e questionamentos só aumentam na medida em que seu contato com o Padre Lucas (Anthony Hopkins), um famoso jesuíta exorcista, o apresenta o lado mais obscuro da igreja. É quando ele conhece a jornalista Angeline (Alice Braga), que investiga as atividades do religioso, e as suas reflexões sobre a crença no diabo e em Deus nâo param de crescer.

A impressão que passa, é que o filme tinha tudo pra ser bom. Uma boa história, um ótimo ator, suspense, terror, mas... não assusta, não prende e não convence.

Só se salva pela atuação de Anthony Hopkins. Principalmente no final.

Nota 4,5

Atividade Paranormal II


Kristi (Sprague Grayden), irmã de Katie (Katie Featherston), teve recentemente um filho com Daniel (Brian Boland), que já era pai de uma adolescente. 
Um dia, ao chegarem em casa, a encontram completamente revirada. Tentando evitar que a situação se repita, Daniel compra um sistema de segurança que instala câmeras em diversos cômodos e no lado de fora da casa. 
Ao mesmo tempo o casal e a adolescente têm por costume filmar tudo o que acontece ao seu redor. Até que um dia situações estranhas começam a acontecer, o que faz com que o trio acredite que a casa é mal assombrada.
O primeiro não é um grande filme, mas assusta e vale pela originalidade.
Já Atividade Paranormal 2 é uma piada e ainda estraga a história do primeiro, com explicações absurdas e sem criatividade.
Péssimo do início ao fim (fim?), esse arremedo de filme de terror assusta tanto quanto o Simão, o fantasma trapalhão do Didi Mocó.
E o final é irritante.

Nota 2

O Mistério da Rua 7

Um blecaute deixa a cidade de Detroit na escuridão. Aos poucos a população local desaparece, deixando para trás roupas e carros abandonados.
Os poucos sobreviventes se reúnem em uma taberna abandonada, onde acompanham o pôr do sol. Entre eles estão Paul (John Leguizamo), Luke (Hayden Christensen) e Rosemary (Thandie Newton).
Logo eles percebem que ficar na escuridão é perigoso e tentam manter sempre alguma fonte de luz por perto.

A mesma idéia de "Deixados para trás", porém, muito mais pobre.

Uma tentativa de fazer um filme catástrofe ou apocalíptico, sem mensagem, enredo ou qualquer coisa que valha.

Ainda nos faz esperar até o final por algo racional, que compense os 95 minutos perdidos,  mas...

Nota 4







4 comentários:

  1. Valeu Júnior, estava precisando de umas dicas. Forte abraço!

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  2. Comer, rezar e amar eu já tinha visto. Como grande fã da Itália não pude deixar que ficar mais apaixonado ainda por aquele pais, sua comida e filosofia de vida. Viva a Domenico de Mazzi!!!!

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  3. Companheiro, se você gosta de filmes com esse tema, esse é excelente: http://butequimvirtual.blogspot.com/2011/02/uma-viagem-inesquecivel.html

    Pelo nome e pela capa, a gente não dá nada, mas é um tour pela América do Sul, mostrando paisagens, as culturas e um enredo ótimo.

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  4. Gostei do Cisne Negro, o filme é tenso e me prendeu até o final. Original. Muito bom.

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