Sempre ouvi os mais antigos falarem o quanto era boa sua época. Lembrarem com orgulho das músicas, dos artistas, dos ídolos, enfim, da vida que tiveram e das saudades que sentiam.
E nessa hora eu sempre torcia o nariz.
- Papo de velho, pensava.
Pois bem, eu nasci em 75, mas "minha época" foi a década de 90.
Foi quando comecei a entender as coisas, a gostar de música, filmes, a entender política e ter meus próprios ídolos.
Passei minha adolescência ouvindo o Renato perguntar que país é esse e o Cazuza pedindo ao Brasil pra mostrar a sua cara.
Conheci também o Chico, que não ficava vendo a Banda Passar e dizia que amanhã seria outro dia.
Durante um dos períodos mais tensos da história do Brasil, na ditadura, (o que engloba outras gerações) a juventude brasileira estava explodindo de desejo de se manifestar por algo que realmente importava.
Não apenas o Rock n roll que nos deu ícones como Titãs, Barão vermelho, Os Paralamas do Sucesso, Legião Urbana e outros, mas a música brasileira em geral nos apresentava Gil, Caetano, Belchior, Zé Ramalho, etc.
Meus ídolos eram também exemplos a serem seguidos, por sua vida e suas atitudes.
Lembro do meu antigo professor, o Corrêa, nos dizendo que a vitória do Ayrton Senna no Brasil, com 4 das 6 marchas do carro quebradas, nos deverias servir de lição pra vida toda, como prova de coragem e determinação.
Como o choro compulsivo do Oscar ao vencer os EUA naquela partida histórica do basquete brasileiro.
E como hoje, os jovens também pintavam a cara, mas de verde a amarelo, não com maquiagem preta como vemos atualmente.
Depois vieram os da geração Y, que cresceram numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica.
Essa geração Y é vista com bons olhos, pois são em sua maioria jovens com grande potencial.
Mas logo depois, chegamos a geração atual.
E eu tenho muito medo dela.
Está se formando uma geração alienada, sem ídolos e sem atitudes.
Muitos desses jovens entre 12 e 18 anos não se interessam por política, fé, futuro, ou seja, nada que ajuda a construir o caráter.
Hoje é triste olhar as “paradas de sucesso” e encontrar bandas "de rock" com roupas coloridas e apertadas, cabelos cheio de chapinha cantando sobre as coisas mais fúteis que você possa imaginar.
As meninas (e muitos meninos também) se descabelam pelos vampiros viados, pelos meninos de chapinha, Ladys Gagas e Britneis da vida.
Os mais revoltados, são os que andam de carro pelas ruas com o som no último volume tocando as belas letras funkeiras :
"De manhã como três ovo, e um copo de sustagem, de noite pego as minas pra fazer uma sacanagem
Eu tinha três ovo, um chocou e virou pinto. As mina ficam louca quando eu meto no ..."
Seus ídolos são esses, e não existem em outros lugares.
Esses adolescentes tem a ideologia de uma ostra. E o cérebro também.
Agora a quem cabe mudar esse panorama?
A nós mesmos, pois a próxima geração será formada pelos nossos filhos, e o maior presente que podemos dar, é educação e bom senso.
Ou então, maquiagem preta, um aparelho de chapinha e um CD do Restart.
Você prefere o que?
Pois é, agora entendo o papo de velho.
Talvez, meus cabelos brancos tenham trazido também uma certa rabugentisse e pouca paciência.
Mas o certo é que hoje também tenho muita saudade da minha época.
E nessa hora eu sempre torcia o nariz.
- Papo de velho, pensava.
Pois bem, eu nasci em 75, mas "minha época" foi a década de 90.
Foi quando comecei a entender as coisas, a gostar de música, filmes, a entender política e ter meus próprios ídolos.
Passei minha adolescência ouvindo o Renato perguntar que país é esse e o Cazuza pedindo ao Brasil pra mostrar a sua cara.
Conheci também o Chico, que não ficava vendo a Banda Passar e dizia que amanhã seria outro dia.
Durante um dos períodos mais tensos da história do Brasil, na ditadura, (o que engloba outras gerações) a juventude brasileira estava explodindo de desejo de se manifestar por algo que realmente importava.
Não apenas o Rock n roll que nos deu ícones como Titãs, Barão vermelho, Os Paralamas do Sucesso, Legião Urbana e outros, mas a música brasileira em geral nos apresentava Gil, Caetano, Belchior, Zé Ramalho, etc.
Meus ídolos eram também exemplos a serem seguidos, por sua vida e suas atitudes.
Lembro do meu antigo professor, o Corrêa, nos dizendo que a vitória do Ayrton Senna no Brasil, com 4 das 6 marchas do carro quebradas, nos deverias servir de lição pra vida toda, como prova de coragem e determinação.
Como o choro compulsivo do Oscar ao vencer os EUA naquela partida histórica do basquete brasileiro.
E como hoje, os jovens também pintavam a cara, mas de verde a amarelo, não com maquiagem preta como vemos atualmente.
Depois vieram os da geração Y, que cresceram numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica.
Essa geração Y é vista com bons olhos, pois são em sua maioria jovens com grande potencial.
Mas logo depois, chegamos a geração atual.
E eu tenho muito medo dela.
Está se formando uma geração alienada, sem ídolos e sem atitudes.
Muitos desses jovens entre 12 e 18 anos não se interessam por política, fé, futuro, ou seja, nada que ajuda a construir o caráter.
Hoje é triste olhar as “paradas de sucesso” e encontrar bandas "de rock" com roupas coloridas e apertadas, cabelos cheio de chapinha cantando sobre as coisas mais fúteis que você possa imaginar.
As meninas (e muitos meninos também) se descabelam pelos vampiros viados, pelos meninos de chapinha, Ladys Gagas e Britneis da vida.
Os mais revoltados, são os que andam de carro pelas ruas com o som no último volume tocando as belas letras funkeiras :
"De manhã como três ovo, e um copo de sustagem, de noite pego as minas pra fazer uma sacanagem
Eu tinha três ovo, um chocou e virou pinto. As mina ficam louca quando eu meto no ..."
Seus ídolos são esses, e não existem em outros lugares.
Esses adolescentes tem a ideologia de uma ostra. E o cérebro também.
Agora a quem cabe mudar esse panorama?
A nós mesmos, pois a próxima geração será formada pelos nossos filhos, e o maior presente que podemos dar, é educação e bom senso.
Ou então, maquiagem preta, um aparelho de chapinha e um CD do Restart.
Você prefere o que?
Pois é, agora entendo o papo de velho.
Talvez, meus cabelos brancos tenham trazido também uma certa rabugentisse e pouca paciência.
Mas o certo é que hoje também tenho muita saudade da minha época.
Ótimo,
ResponderExcluirExcelente tema Paulo Cesar. Muitas das vezes me pego pensando sobre o futuro. E uma interrogação me deixa no mínimo preocupado. É sobre a nova geração, ligada a muitas futilidades, a meios de comunicação que não estimulam o conhecimento, querem massa de manobra somente, pessoas sem senso crítico que estão ligadas ao interesse próprio, esquecendo que fazem parte de uma coletividade. Me deparo com a saudade de ver mudança, fazer mudança e de olhar para o surgimento de ídolos para a nação. Veja o caso do jovem Neymar, se tornando uma referência esportiva, mas de forma que inadequada, quando deveria se preocupar com uma imagem publica e primar pelos bons principios, como NOSSOS ídolos. A quanto tempo não vejo surgir uma grande liderança, uma grande banda, um grande escritor e etc...
A juventude sempre foi e será fator primordial para qualquer mudança, portanto sim, deve se preocupar com as questões sociais que as cercam, tem uma definição de conceito simples, do certo e errado.
Viva aos nossos ídolos!!!
Estejamos atentos a recado dado pelo Paulo Cesar.
Mais uma parabéns
Engraçado, não é?! Hoje que gosta de Rock é EMO, quem ia a uma discoteca agora é Vibe, Dance virou House, Funk virou musica. parafraseando Chico: Onde foi que eu errei?
ResponderExcluirComo disse meu amigo Paulo Cesar, devo tb estar ficando rabugento.
"Meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no poder!" Cazuza
Cara, sinceramente, também não gosto nada do que vejo, mas as mesmas críticas que fazemos hoje, recebíamos na nossa época. Ou vai dizer que a TB e a Turma du mal não receberam críticas tão, ou mais duras do que a que você faz aqui?
ResponderExcluirPode me chamar de otimista ou inocente, mas acredito que é assim que funciona a evolução, as coisas sempre mudam e a resistência ao diferente é inerente a natureza humana, mas a julgar pela geração Y, acho que no final dá certo.
Parabéns pelo texto!
ResponderExcluirQuem de nós nuca torceu o nariz quando nossos pais falavam dos ídolos deles...
Hoje chegamos a conclusão que estavam certíssimos...
Tento dar bons exemplos ao meu filho de 10 anos que bom gosto em torcer ele trouxe no sangue (tricolor). E vejo meus cabelos caindo cada dia mais a cada dançadinha de minha filha de 4 anos quando escuta um "pancadão".
Penso oque se passa nas cabeças de pais, que pra agradar seus filhos aceitam vê-los fantasiados com cabelos ridículos, óculos new wave e roupas que mais parecem marca-texto...
Viva a década de 90!!!
É diferente, Átila.
ResponderExcluirFazer um monte de besteira, faz parte da adolecência e sempre vai ter quem reclame.
Mas a passagem normal dos adolecentes para a fase adulta, desde os hippies da década de 60, a conhecida geração sexo, drogas e rock and roll.
Ser rebelde sem causa está no comportamento do jovem até mesmo por questões psicológicas, pois é a fase onde se forma o caráter.
Essa geração atual não é nada disso.
É má influenciada como disse o Rodrigo mas também é futil demais.
Parece que não saem da infância.
Tenho muito medo da dependência que eles estão criando, a falta de proatividade, essa geração que falamos não tem a composição da geração Y, e sim um geração que já chegou com todos os avanços em curso, não observaram a construção desse conhecimento, e nem se esforçam em construir algum.
ResponderExcluirEmocionei parceiro. Muito bom!!!
ResponderExcluirCara, pra mim essa história é cíclica, só vai se repetindo seguidamente. A mesma certeza que você tem hoje, de que é diferente, os nossos pais tinham também.
ResponderExcluirConsigo imaginar perfeitamente as pessoas falando: - Essas mulheres jovens não tem mais nenhum julgamento de valor, nossa sociedade está perdida, agora toda menininha de 18 anos já está andando com os joelhos de fora pela praia.
ResponderExcluirÁtila,
ResponderExcluirSeu pensamento não tá errado, lógico.
Esse conflito de gerações sempre existiu, mas se existe alguma que merece as mais duras criticas é essa.
E não são só os jovens que critiquei, mas toda essa geração de "ídolos adolescentes" que surgem igual capim.
Prefiro mil vezes que meus futuros filhos repitam minhas merdas, do que sejam tapados e bobos como as garotadas de hoje.
No mais, é sempre um prazer conversar contigo, mesmo a distância.
Acredito que esta geração esta acostumada com as facilidades atuais, aliado a estes ídolos sem conteúdo, o que nos resta é salvar nossos filhos desta realidade.
ResponderExcluirSem dúvida a educação que daremos aos nossos filhos é que garantirá um futuro brilhante.
ResponderExcluirPensando pelo lado positivo novamente, nossos filhos, corretamente criados, poderão ser o que quiserem da vida, afinal vão estar em um meio onde só existirá idiotas.