INSTITUTO DE IDENTIFICAÇÃO DA POLÍCIA CIVIL DO DISTRITO FEDERAL É REFERÊNCIA MUNDIAL
No período entre os dias 27 a 30 de agosto de 2011, aconteceu em Las Vegas, no estado de
Nevada - E.U.A., a conferência internacional 2011 AFIS Internet User Conference com a presença de delegações de vários países.
Na oportunidade foi apresentado o Brazilian case, onde o Instituto de Identificação da Polícia civil do Distrito Federal pôde mostrar o trabalho desenvolvido, bem como os resultados alcançados.
Para a satisfação dos brasileiros, a Direção-Geral da NEC/Japão declarou que o Instituto de
Identificação de Brasília é um dos órgãos mais bem sucedidos em todo o mundo na área das Ciências Forenses.
Nesse contexto, definitivamente, o Brasil entra para a história da perícia papiloscópica mundial,
passando a ser referência para todos os países.
Segundo o diretor-adjunto do Instituto de Identificação, Nadiel Dias da Costa, o sucesso da
Policia Civil do DF se deu não só pelo investimento feito pelo governo do Distrito Federal no órgão, mas pelos excelentes recursos humanos que dispõem. “A cada 100 perícias papiloscópicas realizadas, em vinte e cinco delas emitimos um laudo pericial papiloscópico conclusivo e positivo e entregamos a autoridade policial, o que ajuda sobremaneira na condução do inquérito”, afirmou.
Atualmente, o Instituto de Identificação tem descoberto em seus bancos de dados, por meio das
impressões digitais, em torno de trezentos e cinqüenta casos por mês, firmando-se como um dos órgãos policiais que mais ajuda a elucidar crimes contra a vida e contra o patrimônio em todo o território brasileiro. A meta para julho de 2012 é atingir o patamar de 35%.
Teoricamente se 25% dos casos geram um laudo positivo, então existem ainda 75% de casos sem
solução? Essa é uma dúvida que muitos podem ter, mas, isso não é uma verdade. A cada cem perícias papiloscópicas realizadas, por volta de 30% a 40% delas não se conseguem vestígios papiloscópicos, seja pela má preservação do local, pela própria qualidade do suporte onde a impressão teria sido depositada, e/ou pela qualidade das impressões papilares de quem toca o material.
Nesse contexto, se considerarmos os fragmentos papiloscópicos recuperados em cena de crime
em condições de pesquisa a eficiência chega próximo a 50%. Quando atingirmos a nossa meta em 2012 chegaremos perto de 80%. É bom lembrar que todas as estatísticas apresentadas pelo Instituto de Identificação têm como base a totalidade das perícias realizadas incluindo as que não produziram vestígios papilares por quaisquer dos fatores citados acima.
Costa mostrou no congresso o laboratório de Perícia Papiloscópica Forense, apontado como um
dos melhores e mais bem equipados do mundo. Esse laboratório é utilizado na revelação de impressões digitais em objetos recuperados de cena de crimes. A experiência mostra que os materiais processados no laboratório físico/químico do I.I. permitem que se recupere de 300% a 400% a mais de fragmentos em condições de serem analisados devido a técnicas e tecnologias utilizadas. A primeira agência a utilizar um laboratório dessa natureza foi o FBI.
Foram investidos aproximadamente vinte e cinco milhões de reais, cerca de dezessete milhões de dólares, na modernização do Instituto de Identificação de Brasília. Dentre os equipamentos adquiridos destaca-se a ferramenta AFIS-Automated Fingerprint Identification System que é capaz de pesquisar um fragmento de impressão digital dentre milhões de impressões digitais em um tempo muito reduzido. Essa ferramenta ajuda os Peritos em Papiloscopia a acelerar a descoberta de criminosos em nossos bancos de dados e atingir números fantásticos.
De posse dessa ferramenta o Instituto de Identificação deflagrou várias operações para
individualizar pessoas que deixaram suas impressões digitais em locais de crimes contra a dignidade sexual, vida e patrimônio (estupro, homicídio, roubo, latrocínio e furto), bem como a identificar pessoas que foram enterradas como indigentes: operação Hades, Katrina, Mãos de Ferro e Anjo da Guarda.
A operação Hades foi desenvolvida em oito dias úteis de trabalho e foram emitidos cento e onze
laudos periciais papiloscópicos de casos de homicídio, estupro e latrocínio.
Na operação Katrina a pesquisa foi direcionada para os crimes de roubo e furto chegando a um
resultado de quatrocentos e onze laudos em vinte dias trabalhados.
A operação Mãos de Ferro trabalhou com crimes contra a vida e patrimônio, registrados entre os
meses de janeiro e fevereiro, chegou-se a um resultado de seiscentos e onze laudos em trinta dias.
Quanto à operação Anjo da Guarda o contexto foi diferente, o objetivo era identificar cadáveres
enterrados como indigente no período de 1996 a 2011. Conseguiu-se um resultado bastante expressivo com dezessete casos solucionados. Essa operação teve dois vieses: o primeiro de resgatar a pessoa desaparecida e entregar-lhe a sua família que, a partir daí, permitirá dar um enterro digno à pessoa e buscar benefícios sociais, tais como: aposentadorias, seguros, inventários, etc. O segundo diz respeito à investigação policial. Nesses casos a polícia deixará de investigar um caso de simples desaparecimento, visto que a experiência mostra que a maioria dos casos de cadáveres encontrados em adiantado estado de decomposição foram vítimas de algum crime – principalmente de homicídio.
A exposição das referidas operações foi o auge da conferência. Além disso, foram mostrados
também dados estatísticos extremamente significativos quanto aos resultados proporcionados pela modernização do Instituto de Identificação que se dá dia a dia.
“Em muitos casos emitimos um laudo positivo em poucas horas, o que permite uma solução
rápida do crime”, afirma Costa. “Como, por exemplo, um crime de estupro, que recentemente ocorreu em Brasília, onde a 1º Delegacia de Polícia conseguiu solucionar o crime em apenas 2 horas e 30 minutos após a perícia papiloscópica indicar o autor das impressões digitais apostas no veículo da vítima. O estuprador está preso com provas materiais suficientes para mantê-lo na cadeia por muito tempo”, disse.
Desde pequenos furtos a grandes roubos a bancos, os crimes são investigados e as Perícias
Papiloscópicas são feitas dentro de um padrão de excelência e técnica. Os casos são muitos, e a rotina do I.I. é fornecer o nome do suspeito no menor tempo possível, pois também fazemos parte da investigação policial.
O Instituto de Identificação tem trabalhado com afinco para ajudar a Polícia Civil do Distrito
Federal a proporcionar uma segurança pública mais humana, rápida e eficaz, subsidiando Autoridades Policiais, Ministério Público e Poder Judiciário com provas incontestes, ajudando não só a condenar, mas, também absolver quando for o caso.
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